Elaborado pelo Programa das Nações Unidas Para o Meio Ambiente (PNUMA) e lançado todo ano para acompanhar o progresso da construção civil no cumprimento das metas do Acordo de Paris, o Relatório da Situação Global para Edifícios e Construção deste ano mostra que o setor ainda está engatinhando: não houve queda nas emissões de gases do efeito estufa relacionadas à construção.
![](https://static.wixstatic.com/media/1c8dd1_2d0e279e3e4848adb4bae1d6a536def9~mv2.jpg/v1/fill/w_147,h_98,al_c,q_80,usm_0.66_1.00_0.01,blur_2,enc_auto/1c8dd1_2d0e279e3e4848adb4bae1d6a536def9~mv2.jpg)
Fábrica com emissão de carbono
Por outro lado, o relatório também evidencia que novas tendências políticas e investimentos que vêm sendo realizados na indústria apontam para um futuro com progressos palpáveis: desde 2015 as políticas públicas relacionadas ao tema vêm sendo cada vez mais estimuladas e priorizadas e os investimentos também crescem exponencialmente.
Um dado relevante é o quanto o uso global de energia em edifícios e de combustíveis fósseis diminuiu durante o auge da pandemia do Coronavírus – e como, após 2021, a demanda aumentou e os índices voltaram a subir.
![](https://static.wixstatic.com/media/1c8dd1_aeb2da9ca8e9430ead9f18f987c3907d~mv2.jpg/v1/fill/w_147,h_110,al_c,q_80,usm_0.66_1.00_0.01,blur_2,enc_auto/1c8dd1_aeb2da9ca8e9430ead9f18f987c3907d~mv2.jpg)
Haikou, na China
Com isso, segundo o Global Buildings Climate Tracker, a construção civil está longe do objetivo de alcançar a descarbonização até 2050. Em contrapartida, os investimentos globais em eficiência enérgetica subiram 16% em 2022 e ultrapassaram os US$ 230 bilhões.
A quantidade de edifícios verdes certificados aumentou 19% desde 2020, uma evolução substancial. A exemplos do LEED, existem 74 tipos de certificação de edifícios verdes no mundo e pelo menos 184 países possuem edifícios certificados por algum destes sistemas de certificação.
![](https://static.wixstatic.com/media/1c8dd1_a511db53d14b43dfa105f46f15517b09~mv2.jpg/v1/fill/w_153,h_230,al_c,q_80,usm_0.66_1.00_0.01,blur_2,enc_auto/1c8dd1_a511db53d14b43dfa105f46f15517b09~mv2.jpg)
Edifício com certificação sustentável na China
Entretanto, cortar pela metade a emissão de CO2 até 2030 e zerar a emissão de CO2 em todo os Planeta Terra até 2050, uma das metas da ONU, vai exigir uma redução nas taxas de emissões de 8% ao ano – o equivalente ao que foi alcançado durante a pandemia.
Ou seja: já se sabe que é possível – o desafio está justamente nas políticas de incentivo e na adesão das empresas a elas sem que haja redução nos empregos e na produtividade da indústria.